Author:
De Carvalho Pereira Lourenço Barros,Chazan Ana Cláudia Santos
Abstract
Introdução: Travestis, transexuais e transgêneros (trans) fazem parte das minorias sexuais. São vítimas de estigmatização, discriminação e violência desde a infância, o que os leva muitas vezes à marginalização. Posto isso, se faz necessário políticas públicas que lhes forneçam condições para o exercício da cidadania. O presente trabalho apresenta os resultados de uma revisão integrativa sobre o acesso das pessoas trans aos serviços de saúde da atenção básica. Métodos: Coleta de dados realizada em dezembro de 2017 nas plataformas MEDLINE, SciELO e LILACS, utilizando os descritores em associação: transexual, transgênero ou travesti, acesso e atenção primária, atenção básica ou saúde. Os estudos deveriam ser publicados a partir de 2007 e estarem disponíveis gratuitamente. Resultados: Dos 578 estudos encontrados (incluídos as repetições) foram selecionados 6, provenientes do Brasil, EUA e África do Sul. Cinco com metodologia qualitativa e uma revisão sistemática. O acesso à Atenção Primária à Saúde (APS) por parte da população trans encontra barreiras multidimensionais. Há entraves políticos, socioeconômicos, organizacionais, técnicos e simbólicos, porém as barreiras técnicas são as mais impactantes ao acesso. Conclusão: Para que haja um acesso equitativo, livre de preconceitos e de discriminação, e cuidado pautados na empatia e compaixão, faz-se necessário incluir a temática diversidade sexual e de gênero na formação dos profissionais de saúde na graduação, na pós-graduação e, principalmente, na educação permanente daqueles implicados aos cuidados das pessoas trans. A APS, ao fazer valer seus atributos, mostra-se como o cenário ideal para o cuidado longitudinal destas pessoas.
Publisher
Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade (SBMFC)
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