Abstract
A Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada o espaço privilegiado de inserção do ensino em saúde, pois é reconhecida como coordenadora da atenção. Ela proporciona uma prática da atenção integral à saúde considerando seus determinantes biopsicossociais, ações de promoção, prevenção, recuperação e de reabilitação, de modo interprofissional, através do trabalho em rede e integrado nos diversos níveis de complexidade do sistema de saúde. Embora, historicamente, se tenha avançado na construção das diversas formas de IESC no SUS, observa-se, na prática, muitas dificuldades relacionadas à sua operacionalização. Na APS, soma-se a esses entraves um conjunto de mudanças que apresenta grande potencial de alteração dos pilares que vinham favorecendo a estabilidade institucional e o alcance de bons resultados sanitários, sobretudo, via Estratégia de Saúde da Família. Com o subfinanciamento histórico do SUS e seu processo de desfinanciamento pela EC-95, o novo modelo de financiamento da APS, de forma neofocalizada e neoseletiva, para a população mais pobre, significa restringir mais ainda os recursos do SUS. Após realizar uma metassíntese qualitativa dos desafios existentes nos cenários de prática da APS descritos nos principais estudos que sistematizam essas experiências no país, coube-nos apresentar possíveis soluções a como irão se reconfigurar os cenários de ensino na APS para a formação dos futuros profissionais de saúde em condições tão adversas ao cuidado, à integralidade, à equidade e com risco real à interprofissionalidade. Neste sentido é que este produto visa reorientar a organização dos serviços da APS afim de minimizar os impactos da neoseletividade no cuidado, serviço e atenção à saúde.
Publisher
Research, Society and Development
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