Affiliation:
1. Universidade de São Paulo- FEA/USP.
Abstract
Os métodos ágeis ganharam grande popularidade a partir de 2001, com o advento do Manifesto Ágil. Contudo, a aplicação excessiva desta abordagem tem levantado questionamentos sobre sua utilização como um ímã para qualquer pessoa mercantilizar teorias e frameworks. Assim, torna-se necessário resgatar as bases (ou os fundamentos basilares) do pensamento ágil. Adotamos uma revisão sistemática de literatura buscando consolidar a produção científica relevante e o corpo de conhecimento anterior ao Manifesto Ágil de 2001, e, com isso, resgatar os princípios da agilidade e minimizar os efeitos dos ciclos de redescoberta mercantilizáveis. O corpus inicial obtido das bases Web of Science (WoS) e Scopus totalizou 311 artigos, reduzidos para 298 ao fim da primeira triagem, e, finalmente, 318 trabalhos, após a inclusão de artigos relevantes identificados durante o processo de leitura do corpus inicial. Os achados permitiram a identificação dos principais trabalhos que antecederam o Manifesto Ágil, adotado como marco desta revisão da literatura, e a identificação de 27 variáveis agrupadas em quatro dimensões, resultando em uma proposta de estrutura conceitual para "os fundamentos basilares do pensamento ágil". Sugere-se que a metodologia ágil não é um contraponto ao processo industrial, mas adaptada, derivada, e com suas bases fundamentais dele originadas. Os fundamentos basilares da mentalidade ágil, gestados nos sistemas de melhoria da qualidade e no Sistema Toyota de Produção (TPS), sempre estiveram presentes, experimentando apenas mudanças de nomenclatura para se adaptarem aos movimentos de management fashion.
Cited by
2 articles.
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