Author:
Oliveira Rayone Wesly Santos de,Cruz Alexsandra Iarlen Cabral,Silva Ana Patrícia Fontes da,Rumão Jaqueline da Silva,Padilha Luana Lopes,Santos-Sodré Samíria de Jesus Lopes,Silva Maina Ruth Conceição,Carvalho Natale Cristine Costa
Abstract
A Beauvericina (BEA) é um composto com atividades biológicas benéficas, mas classificado como uma micotoxina emergente devido à ausência de regulamentação sobre seus níveis aceitáveis. Este trabalho revisa sistematicamente a literatura de bancos de dados como Web of Science, PubMed e Scopus, reunindo informações sobre sua ocorrência, modo de ação, aspectos toxicológicos, toxicocinéticos e exposição dietética. A revisão revelou que a BEA está presente em vários alimentos, especialmente aqueles contaminados por fungos do gênero Fusarium, comuns em grãos e cereais. Seu modo de ação envolve a formação de complexos com íons metálicos e a indução de estresse oxidativo nas células, causando danos celulares e apoptose (morte celular programada). Estudos toxicológicos indicam que a BEA pode provocar danos hepáticos e renais, além de efeitos imunossupressores em animais de laboratório. Em humanos, a exposição prolongada e em altas concentrações pode representar um risco significativo à saúde, embora mais pesquisas sejam necessárias para conclusões definitivas. Dados toxicocinéticos mostram que a BEA é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal, distribuída amplamente pelo organismo e excretada principalmente pelas fezes e urina. No entanto, a variabilidade dos resultados destaca a necessidade de mais estudos para compreender plenamente sua dinâmica no corpo humano e em animais. Apesar dos potenciais benefícios biológicos da Beauvericina, é necessário realizar mais pesquisas para entender seus efeitos deletérios e desenvolver diretrizes de segurança que limitem sua presença em alimentos.
Publisher
South Florida Publishing LLC