Abstract
Desde janeiro de 2020, um consórcio multissetorial de instituições madeirenses está envolvido no projeto INTERREG SABOREA Mac. O principal objetivo deste cluster regional é colocar a Madeira no mapa dos destinos gastronómicos. O momento não poderia ser pior: um desastre à escala mundial que afeta gravemente a indústria do turismo no âmbito de uma pandemia, que ninguém previu. Estamos hoje perante uma falta absoluta de estudos sobre o impacto de uma crise sanitária de tal magnitude, impensável há um ano, nesta área de atividade. Olhar para o passado é uma forma de responder à necessidade de reavaliar no imediato a estratégia delineada anteriormente pelo consórcio SABOREA numa conjuntura totalmente diferente. Neste artigo, analisaremos o plano de ação adotado pelos organizadores do Vº Centenário do Descobrimento da Madeira no final da Primeira Guerra Mundial. Perante os efeitos cumulados do conflito e da gripe espanhola, conceberam uma estratégia de “rebranding”, que continua, ainda hoje, a moldar a perceção do destino Madeira. Este caso de estudo serve como ponto de partida para reavaliar em que medida o projeto em análise ainda se adequa no contexto pós-pandémico. Realça o potencial de uma abordagem histórica para repensar em tempo útil como lidar com mudanças drásticas no mercado de turismo. Confirma também que as estratégias de branding baseadas em valores fortes, multissetorialidade e estratégias participativas podem ser muito resilientes, mesmo em situações extremas.
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