Abstract
Baseado em três meses de pesquisa de campo com o time feminino do Santos Futebol Clube, este artigo considera como as jogadoras negociam as tensões entre as inventadas tradições de gênero e a inclusão feminina no clube. Usando o conceito de Hobsbawm de Tradições Inventadas e adaptando a noção desenvolvida por Billig de Nacionalismo Banal para a ideia de Patriarcado Banal, o artigo explora as experiências de jogadoras com um dos mais emblemáticos clubes do Brasil. Enquanto os homens deixam de ter o monopólio dos clubes oficiais de futebol, esta pesquisa conclui que a incorporação do capital cultural acumulado do futebol feminino a clubes como Santos é imprescindível para desestabilizar a percepção de tradição e história somente masculina dos clubes.
Publisher
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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