Abstract
O presente artigo visa problematizar os termos “desinformação e negacionismo climático”, considerando o contexto no qual a desinformação e propagação de fake news (notícias falsas) atuam como fatores que contribuem para a polarização da população a respeito da crise climática, impactando as crenças e, consequentemente, o comportamento dos cidadãos diante da questão. Para esta análise, foram consideradas matérias publicadas no portal de notícias G1.com, veículo que apresenta grande alcance como meio de comunicação no Brasil. utilizando-se primeiro o descritor “negacionismo”, e logo em seguida três descritores combinados (doía a dois) “negacionismo”, “mudanças climáticas” e “desinformação”. O estudo qualitativo, de natureza descritiva e exploratória, buscou evidenciar as ocorrências de matérias que contenham os termos descritores “negacionismo”, “negacionismo AND mudanças climáticas” e “negacionismo AND desinformação”. Ao longo do estudo, observou-se que o maior volume de matérias que utilizam apenas o termo descritor “negacionismo” estão relacionadas aos dois últimos anos da pandemia de Covid-19. Além disso, entre os resultados encontrados para os dois termos descritores “negacionismo” e “negacionismo AND mudanças climáticas”, observou-se, independentemente do tema tratado na matéria, análises que relacionam o atual governo como o maior agente propagador de desinformação. A evidência de um discurso negacionista climático sinaliza a necessidade de atuação qualificada dos meios de comunicação e de jornalismo para que sejam propagados esclarecimentos científicos, mediantes os quais as mudanças climáticas possam ser percebidas e compreendidas em seus aspectos ambientais, sociais, políticos, econômicos e culturais, de forma a impactar positivamente a visão e o comportamento dos cidadãos.
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