Author:
Lino Alexandra M.,Lima Luiza Nobre
Abstract
Adolescentes em acolhimento residencial tendem a ter um desenvolvimento marcado por experiências de grande insegurança e ambivalência afetiva, exibindo com frequência níveis de desregulação emocional que comprometem a qualidade das suas relações interpessoais. Considerando que neste contexto o grupo de pares assume um papel de grande suporte emocional, este estudo procurou analisar os níveis de desregulação emocional de adolescentes acolhidos e o seu papel preditor na perceção da vinculação aos pares. Foi recolhida uma amostra de 100 adolescentes (71 raparigas; 29 rapazes) em acolhimento residencial, com idades entre os 12 e os 18 anos. Como instrumentos foram utilizados o Inventário de Desregulação Abreviado e o Inventário de Vinculação na Adolescência (versão para pares). Os níveis de desregulação reportados foram baixos, verificando-se uma maior desregulação afetiva do que comportamental. A desregulação cognitiva é a única que explica, negativamente, a variância da comunicação, da confiança e da perceção global de vinculação aos pares. A explicação pode residir no papel regulador que a cognição desempenha na gestão das emoções negativas e no controlo da sua expressão comportamental. Ainda que modestos, os resultados encorajam o investimento na promoção da regulação emocional dos adolescentes em acolhimento residencial, com vista ao estabelecimento de relações interpessoais seguras.
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