Author:
Duarte Luan Nogueira,Duarte Lia Nogueira,Santos Aline Magalhães dos,Soares Ana Larissa Peixoto,Mezzedimi Louise Pamplona Bedê,Eufrásio Débora Patrícia Feitosa Medeiros,Queiroga Lorena Passos,Marques Isabela Porto Pinheiro,Frota Antonia Vanessa de Vasconcelos Martins,Macedo Enzo Rocha Garcez,Meireles Wallace William da Silva,Ribeiro Erlane Marques
Abstract
Introdução: As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas comuns, apresentando, geralmente, etiologia multifatorial. No entanto, especialmente diante de quadros clínicos em que ocorrem comprometimentos orgânicos simultâneos e prejuízos funcionais sob a óptica sindrômica, a influência da genética familiar e da exposição gestacional à teratógenos passa a ter maior importância. Objetivos: Tendo em vista esse panorama, é do interesse dos autores, por meio desse trabalho, realizar um estudo quantitativo, retrospectivo, observacional e de base hospitalar acerca dos principais fatores epidemiológicos de pacientes fissurados atendidos no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), centro de referência de pacientes com fissuras labiopalatais no estado do Ceará. Metodologia: Para tal, foi feita organização de planilha de excel com base nos atendimentos registrados pela genética em prontuários da instituição com captação e seguimento de pacientes com diagnóstico de fissura labiopalatina entre 01/01/2002 até 06/06/2023, coletando dados de acordo com as seguintes variáveis: Idade materna, curso gestacional, sexo, procedência, presença de fatores de risco e etiologia da fissura. Resultados: Dos 1884 casos analisados, 52,77% (995 casos) eram do sexo masculino, com idade variando de 3 meses a 18 anos e mediana de treze meses. A maioria das mães estava na faixa etária de 20 a 34 anos (56,56% - 1066 casos), e a maioria dos casos (63,63% - 1200 casos) era proveniente de cidades do interior do Ceará. Quanto à etiologia, a herança multifatorial foi predominante (72,07% - 1358 casos), seguida por casos em investigação (27,79% - 524 casos). Os fatores de risco mais comuns foram hiperêmese gravídica e hiporexia no primeiro trimestre gestacional (43,47% - 819 casos), seguidos pelo uso de medicamentos ou drogas teratogênicas (38,10% - 717 casos), enquanto 19,57% (369 casos) não apresentaram fatores de risco identificados. Discussão: Ressalta-se a importância de compreender os fatores genéticos e ambientais das fissuras labiopalatinas, destacando a predominância masculina nos casos analisados, a necessidade de diagnóstico precoce e os desafios de acesso à saúde em áreas rurais, comuns em todas as literaturas comparativas analisadas. Fatores de risco como hiperêmese gravídica e uso de medicamentos teratogênicos foram não foram citados nas referências. Quanto à etiologia, a maioria dos casos apresentou herança multifatorial, com algumas diferenças em relação a estudos anteriores. Conclusão: Destaca-se a importância da disseminação de informações para promover mudanças positivas no tratamento e na qualidade de vida dos pacientes.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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