Abstract
Este artigo é fruto da análise da trajetória formativa de Maria das Dores da Silva (1900-1939), fundadora e primeira ialorixá do Terreiro de Santa Bárbara – Nação Xambá, terreiro de Candomblé localizado em Pernambuco. A pesquisa teve como objetivo analisar como o estudo sobre a formação dessa ialorixá contribui para o campo da História da Educação. Valendo-se metodologicamente da pesquisa bibliográfica, da pesquisa documental, da metodologia da História Oral e teoricamente da noção de educação não formal a partir de Gohn (2006) a pesquisa desvelou os processos formativos que compuseram a liderança religiosa de Maria Oyá, como ficou conhecida Maria das Dores da Silva, assim como revelou problemas de ser mulher, negra e praticante de religião de matriz afro-brasileira no período do Estado Novo (1937-1945) governado pelo então presidente Getúlio Vargas (1882-1954) que impediu as práticas religiosas que veneravam os orixás
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