Abstract
O artigo apresenta “Tugar Tugar salir a buscar el sentido perdido”, uma oficina realizada por Cecília Vicuña com o objetivo de trazer à comunidade de Caleu-Chile a escuta do saber ancestral incorporado na prática do baile de los chinos. A análise propõe pensar a transmissão da memória dessa performance como gesto político que visa a descolonização do pensamento e o enfrentamento dos históricos processos de banimento a que foi submetido o repertório das civilizações pré-coloniais. Fundamentam a leitura o conceito de performance como “prática incorporada”, de Schechner, as reflexões sobre arquivo, repertório e memória, por Taylor; as teses sobre história e memória, de Benjamin, passando pela crítica de Didi-Huberman; os processos de singularização subjetiva pensados por Guattari. Enfrenta-se a discussão entre o conceito de hibridação, de Canclini, e o de ch’ixi, desenvolvido por Cusicanqui, para pensar as tensões e antagonismos implicados na sobrevivência dos bailes chinos.
Publisher
Universidade Federal de Pelotas
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