Author:
Pontes Sandra Maria,Barros Fanilda Souto,Roelke Leonard Hermann,Almeida Maria Alice Taylor,Sandri João Luiz,Jacques Cláudio de Melo,Nofal Daniela Pontes,Cunha Sérgio X. Salles
Abstract
CONTEXTO: A ecografia das artérias carótidas extracranianas já se estabeleceu como método diagnóstico de imagem pré-operatória, e para seguimento de pacientes. OBJETIVO: Avaliar diferenças do mapeamento ecográfico em função do gênero masculino ou feminino dos pacientes. MÉTODOS: Ultrassonografia de alta resolução foi realizada antes do tratamento cirúrgico de 500 bifurcações carotídeas em 192 mulheres e 308 homens. Análise de diferenças baseadas no gênero foi feita em imagens modo B e fluxo a cor, transversal e longitudinal, e medidas duplex doppler de velocidades. Porcentual de estenose expressa em redução de diâmetro, comprimento de placa, diâmetros das artérias carótida interna distal e comum, e distância da bifurcação ao lóbulo da orelha foram comparados. Média, desvio padrão, mínimo e máximo foram descritos. Comparações estatísticas foram baseadas em testes t de Student e do Χ2. RESULTADOS: Estenoses carotídeas mediram 70±11% (30-95%) em mulheres e 72±12% (40-98%) em homens (p=0,013). Prevalência de estenoses no intervalo 90-99% foi mais alta em homens, 14,3 vs 7,8% (p=0,029). As placas foram mais extensas nos homens, 2,3±0,8 vs 1,9±0,6 cm (p<0,001). O diâmetro médio foi maior nos homens, tanto da carótida interna distal, 4,9±0,9 vs 4,6±0,8 mm, como da carótida comum, 7,6±1,3 vs 7,1±1,4 mm (p=0.001). A distância da bifurcação ao lóbulo da orelha foi maior nos homens, 5,9±1,1 vs 5,3±0,9 cm (p<0,001). CONCLUSÕES: O mapeamento ecográfico demonstrou que as medidas analisadas foram maiores em pacientes do gênero masculino. O planejamento detalhado do tratamento da placa carotídea deve considerar diferenças individuais como as associadas ao gênero do paciente.
Subject
Cardiology and Cardiovascular Medicine
Cited by
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