Affiliation:
1. Fundação Oswaldo Cruz, Brazil
2. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brazil
Abstract
Um dos pontos controversos do debate sobre os usos da biotecnologia é a função normativa da fronteira entre terapia e melhoramento. Para quem defende tal fronteira, as intervenções biotecnocientíficas no ser humano têm de restringir-se à terapia, de modo que o melhoramento deve ser proibido. Neste artigo, defendemos que essa fronteira tem importantes imprecisões empíricas e problemas conceituais, sendo normativamente inadequada para justificar a diferença entre o que deve ser prescrito e proscrito. Primeiramente, analisamos a distinção entre normal e anormal, haja vista servir de alicerce a tal fronteira. Em seguida, examinamos a fronteira propriamente dita, a fim de apontar seus problemas. Identificando tais problemas e postulando que a normalidade biológica é desprovida de relevância moral intrínseca, inferimos que não resta claro por que seria moralmente proibido à biotecnologia avançar além da terapia.
Subject
Philosophy,Medicine (miscellaneous),Health (social science)
Reference34 articles.
1. Melhoramento humano biotecnocientífico: a escolha hermenêutica é uma maneira adequada de regulá-lo?;Vilaça MM;Veritas,2013
2. O futuro da natureza humana: a caminho de uma eugenia liberal?;Habermas J,2004
3. From chance to choice: genetics and justice;Buchanan A,2001
4. O normal e o patológico;Canguilhem G,2009
5. The double puzzle of diabetes;Diamond J;Nature,2003
Cited by
1 articles.
订阅此论文施引文献
订阅此论文施引文献,注册后可以免费订阅5篇论文的施引文献,订阅后可以查看论文全部施引文献