Atividade antimicrobiana in vitro dos extratos aquosos, hidroalcoólicos e alcoólicos de espécies da família Anacardiaceae

Abstract

<p><strong>Introdução</strong>: As plantas representam uma fonte importante de produtos naturais biologicamente ativos, onde muitos constituem modelos para a síntese de um grande número de fármacos. A importância clínica crescente dada às infecções bacterianas comunitárias e hospitalares por cepas multirresistentes é preocupante, como também pelo surgimento da inefetividade dos antibióticos mais utilizados, incentivando a realização de estudos relacionados à bioatividade dos produtos naturais<strong>. O estudo de plantas com potencial medicinal é uma alternativa na busca de novos agentes terapêuticos. Objetivos: </strong>verificar o efeito antimicrobiano dos extratos aquosos, hidroalcoólicos e alcoólicos de folhas de plantas da família Anacardiaceae. <strong>Metodologia</strong>: foi utilizado o método de difusão em ágar com extratos nas concentrações de 200, 100 e 50 mg/mL. <strong>Resultados</strong>: os extratos alcoólicos de todas as plantas apresentaram melhor atividade antimicrobiana quando comparado ao extrato aquoso e hidroalcoólico. Os maiores halos de inibição ocorreram com os extratos alcoólicos de <em>Anacardium occidentale</em> e <em>Schinus</em> <em>terebinthifolius</em> frente à espécie de <em>Staphylococcus</em> <em>aureus</em>. A maior zona de inibição para os ensaios do extrato hidroalcoólico foi de 10 mm para <em>Anacardium</em> <em>occidentale</em> na concentração de 200 mg/ml e de 12 mm para <em>Schinus</em> <em>terebinthifolius</em> na concentração de 200 mg/ml, porém não desconsiderando que <em>Mangifera</em> <em>indica</em> e <em>Spondias</em> <em>purpurea</em> também apresentaram atividade antimicrobiana com os extratos alcoólicos porém com menor intensidade. <strong>Conclusão</strong>: os produtos vegetais analisados representam um potencial para síntese de moléculas com atividade antibacteriana em processos infecciosos causados por <em>Staphylococcus</em> <em>aureus</em> e <em>Pseudomoas</em> <em>aeruginosa</em>, porém carece de estudos mais aprofundados que confirmem a hipótese.</p>