Abstract
Nos tempos republicanos, o Brasil intentava consolidar-se como país independente e democrático. Apesar das ideias liberais e do surto progressista, os expoentes intelectuais republicanos ainda se apegavam aos valores morais de fundo religioso na ordenação social, o que indubitavelmente também acontecia em quase todo o território nacional nos centros mais desenvolvidos. Dentre esses valores, a educação feminina e o papel das mulheres como sustentáculo da família e da Pátria, eram ressaltados. O discurso da época enfatizava a necessidade de educação para as mulheres como pano de fundo para a educação dos homens e o desenvolvimento do País. O magistério exercido por mulheres era destacado no discurso oficial como forma de elevação moral. Os cânones educacionais vigentes erigiam uma figura feminina espelhada na religião católica, na qual a maternidade era um dos mais sagrados valores. A sociedade acatava os fins de sua educação e do seu trabalho no magistério, como um prolongamento da missão materna. Isso, entre outros fatores, contribuiu para a feminização da profissão e criou uma imagética social acerca das mulheres que ainda persiste nos tempos atuais.
Publisher
Universidade Estadual de Campinas
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