Author:
Debona Luiz Augusto,Ferreira Dilson Palhares,Murta Júnior Inácio Carlos,Maia Thaise Neto,Maciel Letícia Rocha Santos,Da Silva Evandro Messias Neves,Cavalcante Michelly Rodrigues,De Jesus Ulisses Almeida
Abstract
A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença autoimune crônica, multissistêmica, progressiva e de apresentação heterogênea envolvendo a pele e vários sistemas orgânicos. É considerada uma doença rara, com incidência anual estimada em 14 casos por milhão de habitantes e prevalência de 35 casos por milhão de habitantes. Tem apresentação clínica variável e pode ser classificada com base na extensão do acometimento cutâneo, associada ao padrão de envolvimento de órgãos e sistemas (gastrointestinal, pulmonar, renal, cardiovascular e musculoesquelético). Os sinais clínicos são diversos, sendo os mais comuns o espessamento e endurecimento da pele, por vezes associado a edema e fenômeno de Raynaud (FRy). Diagnosticar esta condição é um desafio para os médicos devido à sua apresentação diversificada. Para auxiliar no diagnóstico, os critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia e da Liga Europeia Contra o Reumatismo (ACR/EULAR) de 2013 são usados para orientar o raciocínio diagnóstico. Não existe tratamento curativo para esta condição; o objetivo é prevenir a progressão para estágios avançados de fibrose. Este artigo tem como objetivo revisar o assunto e relatar o diagnóstico precoce de um paciente com ES Cutânea Difusa que apresentou sintomas de edema de dedos, esclerodermia de dedos e membros superiores durante 5 meses na ausência de FRy e que obteve de forma precoce o diagnóstico apesar do padrão incomum de acometimento.
Publisher
South Florida Publishing LLC
Reference30 articles.
1. Guiducci S, Bellando-Randone S, Matucci-Cerinic M. A New Way of Thinking about Systemic Sclerosis: The Opportunity for a Very Early Diagnosis. The Israel Medical Association journal: IMAJ [Internet]. 2016 [cited 2023 Dec 20];18(3-4):141–3. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27228628/
2. Kowalska-Kępczyńska A. Systemic Scleroderma—Definition, Clinical Picture and Laboratory Diagnostics. Journal of Clinical Medicine. 2022 Apr 20;11(9):2299.
3. Peoples C, Medsger TA, Lucas M, Rosario BL, Feghali-Bostwick CA. Gender differences in systemic sclerosis: relationship to clinical features, serologic status and outcomes. Journal of Scleroderma and Related Disorders. 2016 May;1(2):204–12.
4. Pope JE, Denton CP, Johnson SR, Fernandez-Codina A, Hudson M, Nevskaya T. State-of-the-art evidence in the treatment of systemic sclerosis. Nature Reviews Rheumatology [Internet]. 2023 Apr 1;19(4):212–26. Available from: https://www.nature.com/articles/s41584-023-00909-5
5. Hudson M, Thombs B, Baron M. Time to diagnosis in systemic sclerosis: Is sex a factor? Arthritis & Rheumatism. 2009 Feb 15;61(2):274–8.