Author:
de Assunção Leticia Almeida,Barbosa Ana Paula Figueiredo,Dos Santos Filho Paulo Monteiro,Caraciolo Fernanda Cals de Oliveira,Ramalho Jully Greyce Freitas de Paula,De Andrade Raquel Rodrigues,Da Silva Adriane Maria Bezerra,Moraes Carlos Marcelo da Silva
Abstract
O presente estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, a qual teve por objetivo avaliar os preditores genéticos de suscetibilidade a vasculopatia cerebral na doença falciforme. Foram selecionados 15 artigos em bases de dados, por meio de descritores em português e em inglês: anemia falciforme, genética médica, artérias cerebrais e doenças arteriais cerebrais, utilizando os operadores booleanos “AND” ou “OR”. A pesquisa ocorreu em dezembro de 2022. As evidências apontam que a vasculopatia cerebral é uma complicação potencialmente grave das principais síndromes falciformes em crianças com anemia falciforme, sendo a forma clínica mais severa e frequente. A associação de um perfil de risco genético hemolítico com história de acidente vascular cerebral enfatiza o papel hemolítico no processo fisiopatológico da vasculopatia cerebral. Mecanismos de como o aumento da hemólise pode levar a vasculopatia cerebral e acidente vascular cerebral incluem redução de biodisponibilidade de óxidos, levando ao aumento da resistência vascular e regulação positiva de moléculas de adesão vascular (por exemplo, VCAM1, E-selectina), anemia mais grave no cenário de comprometimento cerebrovascular capacidade de reserva, e maior ativação da coagulação. A relação entre genes e a vasculopatia na doença falciforme sugere novos alvos terapêuticos potenciais para intervenção. O espectro clínico variável da doença é consequência de múltiplos eventos e suscetibilidade genética que vai além da ocorrência de uma única substituição de aminoácido na cadeia beta globina da hemoglobina.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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