Abstract
Analisar a obra de Friedrich Gundolf, Shakespeare und der deutsche Geist, publicada em 1911, vinculando-a ao desenvolvimento epistemológico e disciplinar da Germanística e, especialmente, da História da Literatura, é o principal objetivo do artigo que aqui se apresenta. Neste sentido, enfatiza-se a o conceito de vivência, advindo da filosofia de Wilhelm Dilthey, importante influência para os germanistas nas primeiras décadas do século XX. Este artigo se divide em três partes inter-relacionadas. A primeira apresenta o desenvolvimento disciplinar da Germanística, ressaltando o lugar da História da Literatura nesse processo. A segunda compreende as transformações epistemológicas e disciplinares da História da Literatura, ocorridas no final do século XIX, e a importância do conceito de vivência, a partir da primeira década do século XX. Por fim, a última parte, analisa o Shakespeare de Gundolf, relacionando-o às partes anteriores e salientando o uso do conceito de vivência pelo autor e sua conexão com a função social do conhecimento científico.
Publisher
Universidade Federal de Goias
Reference23 articles.
1. ASSMANN, Aleida; FRIESE, Heidrun. Identitäten. Erinnerung, Geschichte, Identität 3. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1998.
2. BONTEMPELLI, Pier Carlo. Knowledge, Power and Discipline. German Studies and National Identity. London; Minneapolis: University of Minnesota Press, 2004.
3. DAINAT, Holger. “Von der neueren deutschen Literaturgeschichte zur Literaturwissenschaft: die Fachentwicklung von 1890 bis 1913/14”. In: FOHRMANN, Jürgen; VOßKAMP (Hg.). Wissenschaftsgeschichte der Germanistik im 19. Jahrhundert. Stuttgart: J.B. Metzler, 1994.
4. DILTHEY, Wilhelm. A Construção do Mundo Histórico nas Ciências Humanas. Tradução: Marcos Casanova. São Paulo: Editora Unesp, 2010.
5. DILTHEY, Wilhelm. Das Erlebnis und die Dichtung. Lessing, Goethe, Novalis, Hölderlin. In: GROETHUYSEN, Bernhard; JOHACH, Helmut (Hg.). Wilhelm Dilthey Gesammelte Schriften. Bd. XXVI. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 2005.