Abstract
Os historiadores estabelecem relações causais a fim de explicar a ocorrência de eventos e processos históricos. Diante disto, propomos, em primeiro lugar, definir em que consistiria a noção de causa no âmbito dos estudos históricos, bem como as possíveis maneiras a partir das quais os historiadores lidam com a multiplicidade causal. Nesses termos, o modelo de “frequência relativa” esboçado por Ernest Nagel oferece uma ferramenta que propicia uma reflexão acerca do grau de importância que os historiadores conferem às diferentes condicionantes por eles elencadas. Tendo em vista tais pressupostos, analisaremos, à guisa de ilustração, os esquemas explicativos que Perry Anderson e Moses Finley formularam em relação a uma problemática específica, qual seja, o “declínio” do escravismo antigo, assinalando as possibilidades de aplicação de referenciais comuns à filosofia da ciência que permitam uma maior compreensão a respeito da forma como se escreve a história.
Publisher
Sociedade Brasileria de Teoria e Historia de Historiografia
Cited by
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