Abstract
Pretende?se neste artigo refletir aspectos de conflitos ontológicos entre o modelo de conhecimento indígena e o modelo universal de conhecimento, a partir de uma experiencia desagradável, para não dizer discriminatória, vivenciada durante o ano de 2009. Por outro lado, este fato acabou por servir de embião para criação do Bahserikowi: Centro de Medicina Indígenas. A apresentação visa basicamente refletir como o imaginário construído pelas sociedades sobre o “índio”, sobretudo a classe médica, tem uma visão equivocada sobre conhecimentos e práticas indígenas. O modelo de conhecimento indígena considera que a doença e saúde não se restringem ao aspecto biológico. Antes, ao contrário, envolvem aspectos cosmopolíticos que condicionam a prática da boa saúde. Sai, assim, do entendimento restrito de algo biológico e conecta o indivíduo numa teia de relações com outros seres, com os waimahsã, com os animais, os especialistas, com seus parentes e outras pessoas.
Publisher
Universidade Federal do Para
Cited by
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