Affiliation:
1. Departamento de Biologia, Universidade Estadual da Paraíba, Avenida das Baraúnas, 351, Campus Universitário, Bodocongó, 58109-753, Campina Grande, PB, Brasil
Abstract
Animais medicinais constituem uma parte integral da Medicina Popular Brasileira tanto em áreas urbanas quanto rurais. Não obstante, embora o uso de animais medicinais represente um importante componente da medicina tradicional tem sido pouco estudado quando comparado às plantas medicinais. O presente trabalho apresenta uma revisão sobre os invertebrados medicinais. Os resultados revelam que pelo menos 81 espécies de invertebrados de cinco grupos taxonômicos diferentes são usados para tratamento de diferentes doenças no Brasil. Os grupos com maior número de espécies foram insetos (n=41 espécies), moluscos (n=17) e crustáceos (n=16). Esses resultados evidenciam a importância dos invertebrados medicinais como alternativa terapěutica. Alguns dos animais medicinais comercializados constam em listas de espécies ameaçadas, evidenciando a necessidade premente de se considerar a zooterapia dentro do contexto da conservação da biodiversidade no Brasil. Ações conservacionistas, não devem ser direcionadas apenas às espécies ameaçadas, mas também a espécies cujo uso seja amplamente disseminado no país. Além dos aspectos biológicos, os fatores econômicos e socioculturais influenciam a relação das pessoas e a utilização de recursos zooterápicos. A necessidade de novos estudos, sobre a fauna medicinal do Brasil é evidente, visando a busca de uma melhor compreensão desta forma de terapia, levando em consideração não só os seus aspectos ecológicos, mas também cultural e farmacológicos.
Subject
Nature and Landscape Conservation,Ecology
Cited by
31 articles.
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