The Far-Right Takeover in Brazil: Effects on the Health Agenda

Abstract

On October 28, 2018, the far-right populist Jair Bolsonaro won Brazilian elections against the Partido dos Trabalhadores (Workers’ Party—PT) candidate Fernando Haddad after a vigorous social-media campaign reinforced by fake news. In a context of economic crisis, escalating violence, and corruption scandals and a polarized population, Bolsonaro’s authoritarian inclinations and reactionary rhetoric were concerns from several perspectives, mainly regarding the environment, education, human rights, health, and even the young Brazilian democracy. In particular, the Mais Médicos program, the national drug policy, and the HIV/AIDS Department have all been negatively influenced by his anticommunist rhetoric and the alarming escalation of evangelical conservatism. The militarization of his supporters in terms of moral values challenges the future of the secular state and therefore its substantial gains in international cooperation for health. With his approval rate falling and an international health crisis under way, Bolsonaro may not have an easy path ahead of him, and neither will the Brazilian population. No dia 28 de outubro de 2018, o populista da extrema direita, Jair Bolsonaro, ganhou as eleições contra o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, depois uma campanha enérgica baseada em redes sociais e reforçada por notícias falsas. Num âmbito que inclui uma crise econômica, uma escalada de violência, escândalos de corrupção e uma população polarizada, as tendências autoritárias e retórica reacionária de Bolsonaro apresentam desafios com respeito a muitos temas como o meio ambiente, a educação, direitos humanos, a saúde, e mesmo a democracia jovem do Brasil. O programa Mais Médicos, a política antidrogas e o Departamento de VIH/Sida, em particular, foram negativamente influenciados pela retórica anticomunista e pela alarmante expansão do conservadorismo evangélico. A militarização dos seguidores de Bolsonaro em termos de valores morais ameaça o futuro do estado secular e, por conseguinte, seus ganhos significativos na área de cooperação internacional com relação à saúde. Com sua índice de aprovação em declínio e uma crise internacional de saúde que está atualmente em curso, não podendo ser fácil para Bolsonaro e nem para a população brasileira nos anos a seguir.