Affiliation:
1. Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil
2. Serviço Geológico do Brasil - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil
3. Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
4. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - Seropédica - Rio de Janeiro - Brasil
Abstract
O trabalho se propõe a avaliar o emprego de dados satelitais do tipo Climate Hazards Group InfraRed Precipitation with Stations (CHIRPS) para a geração de curvas de intensidade-duração-frequência (IDF) na bacia do rio Madeira. Curvas IDF foram geradas simultaneamente para dados observados em 37 pluviômetros distribuídos na bacia e para os píxeis do CHIRPS que abrangem geograficamente essas estações observacionais in situ. Inicialmente, os dados foram analisados mediante o ajuste da distribuição de Gumbel para períodos de retorno que se estendem de 2 a 100 anos e duração da chuva de 5 minutos a 24 horas. Na validação das equações IDF, utilizou-se o coeficiente de determinação da regressão (r²) e avaliaram-se os resíduos produzidos. Observa-se que as equações obtidas pelo estudo apresentam uma vasta aplicabilidade em obras de engenharia e, em especial, em atividades que requeiram suporte hidrológico devido à diversidade de durações e de tempos de recorrência utilizados. Além disso, a análise de erros e a estimava dos coeficientes de determinação das funções IDF, que estiveram próximos de 0,70, ressaltam o uso das mesmas na representação dos eventos extremos. A comparação das bases de dados observacionais e de satélite permitiu estabelecer a confiabilidade do uso de dados do satélite CHIRPS na construção de relações IDF para situações em que não se dispõe de informações pluviométricas locais, embora as discrepâncias entre as bases tendam a aumentar e a ser diretamente proporcionais ao período de retorno.
Palavras-chave: Eventos extremos de chuva. Precipitação máxima. Curva IDF Sensoriamento remoto.