Author:
Mantoan João Fernando Paulichenco,Paiva Guilherme Heitor de
Abstract
Introdução: Quase um quarto dos procedimentos anestésicos realizados atualmente em crianças envolvem anestesia regional. Por sua vez, o bloqueio caudal (BC) é uma das técnicas mais amplamente utilizadas em pacientes pediátricos submetidos a intervenções subumbilicais.
Objetivo: Por meio de uma revisão integrativa da literatura, sintetizar e avaliar a utilização do BC em cirurgias inguinais pediátricas. Método: Trata-se de um estudo exploratório, baseado no método de revisão da literatura com síntese de evidências. A base de dados escolhida para seleção dos trabalhos foi a PUBMED, utilizando a seguinte estratégia de busca: (caudal[title] AND block[title]) AND inguinal[title] AND (pediatric OR paediatric).
Resultados: A busca foi realizada em novembro de 2022, e inicialmente foram identificados 13 trabalhos que atenderam a estratégia de busca supracitada. Após a leitura dos títulos e resumos, nenhum trabalho foi excluído.
Conclusão: De modo geral, o BC com bupivacaína demonstrou-se uma técnica segura e aplicável em cirurgias inguinais pediátricas, promovendo boa analgesia e demonstrando poucos efeitos adversos. Além disso, o uso do BC com bupivacaína em associação ao tramadol demonstrou segurança, além de promover analgesia prolongada. Ainda, a utilização do BC em associação com dexametasona, 2-cloroprocaína e levobupivacaína como anestésicos principais foram positivamente avaliadas. Porém, se comparado com bloqueio paravertebral, infiltração do analgésico diretamente na ferida, bloqueio do quadrado lombar e bloqueio do plano transverso abdominal, o BC foi considerado inferior nos quesitos de duração da analgesia e escores de dor. Por fim, o BC foi superior no tocante à analgesia quando comparado ao uso de supositório de paracetamol, além de analgesia comparável com a analgesia ilioinguinal guiada por ultrassom.