Abstract
O nível de atividade física de crianças e adolescentes com deficiência física é menor do que crianças sem deficiência, e isso pode estar relacionado ao seu comprometimento motor. A participação nestas atividades pode ter impacto na qualidade de vida. O objetivo desse estudo foi comparar o nível de atividade física e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com deficiência física em relação a idade, sexo e diagnóstico. Participaram 21 crianças e adolescentes com deficiência física, com idade entre 8 e 18 anos, matriculados em escola regular de ensino, e seus responsáveis. Foram utilizados instrumentos padronizados: Physical Activity Questionnaire for Older Children (PAQ-C), Physical Activity Questionnaire for Adolescents (PAQ-A) e KIDSCREEN-52 versão de preenchimento das crianças/adolescentes e versão de preenchimento dos responsáveis. Foram realizados testes não paramétricos para análise estatística. Dados estatisticamente significativos foram encontrados para algumas dimensões da qualidade de vida: 1) quanto ao sexo: “autopercepção” segundo a opinião dos pais/responsáveis; 2) quanto à idade: “autopercepção” no autorrelato, “sentimentos”, “autopercepção”, “amigos e apoio social”, “ambiente escolar” sob o ponto de vista dos pais/responsáveis, e na análise geral da qualidade de vida tanto no autorrelato quanto na versão dos pais/responsáveis; 3) quanto ao diagnóstico: “autopercepção” na versão das crianças/adolescentes e na versão dos pais/responsáveis. Conclui-se que as crianças e adolescentes com deficiência física apresentam baixos níveis de atividade física e níveis médios de percepção de qualidade de vida, sendo que as próprias crianças/adolescentes com deficiência física possuem melhor percepção sobre sua qualidade de vida do que seus pais/responsáveis.
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