Abstract
Em hospitais, a alimentação oferecida aos doentes é uma das ações relacionadas com o tratamento. O presente estudo teve como objetivo avaliar a aceitabilidade da dieta ligeira fornecida no almoço a doentes de um hospital universitário no sul do Brasil. A recolha foi realizada através de visitas aos doentes, entre os meses de agosto e setembro de 2021, numa ala de internamento do hospital. Para avaliar a aceitabilidade quantitativa da dieta ligeira foi utilizado o protocolo adaptado descrito no nutritionDay, contendo uma escala com cinco possíveis classificações do consumo da refeição almoço pelos doentes: 1) não ingeriu nada da refeição; 2) ingeriu ¼ (25%); 3) ingestão de ½ (50%); 4) ingestão de quase toda a refeição (75%); e 5) ingeriu toda refeição (100%). Para o consumo classificado como 1 e 2 observou-se qual item não foi aceito. A avaliação do consumo ocorreu em 46 doentes e foram analisadas 106 refeições. Todos os doentes eram do sexo masculino e com idade média de 55,7 anos (DP ± 12,5). A composição da refeição almoço das dietas ligeiras integrava os itens arroz, caldo de leguminosa, um tipo de carne e uma guarnição. Em relação a ingestão, o consumo quase total (opção 4) e total (opção 5) da refeição alcançou uma média de 84,5%. Os itens carnes e guarnição foram os alimentos com maior frequência e número absoluto de entregas, entretanto o consumo foi igual ou inferior a 50%, demonstrando uma menor aceitabilidade e um maior potencial para desperdícios. Através da análise dos resultados parece que a aceitabilidade do almoço da dieta ligeira foi satisfatória. No entanto, de uma forma geral, é necessária avaliação constante das dietas hospitalares como um recurso essencial para identificar as questões de consumo, melhoria da aceitabilidade e redução de desperdícios de alimentos.
Publisher
Portuguese Association of Nutritionists
Cited by
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