Abstract
Entre as décadas de 1760 e 1780, a historiadora Catharine Macaulay opera uma leitura republicana da história inglesa em seus livros ao mesmo tempo que se vincula de forma imagética à matrona romana através de alguns retratos públicos. Nesse cenário, a República Romana é resgatada como fonte de inspiração para um presente que necessita novamente ser capaz de separar as virtudes dos vícios na arena política. Neste artigo, argumento que Macaulay utilizou de um conjunto de retratos publicados nas edições da História da Inglaterra, na História da Inglaterra em uma série de cartas, ou comercializados em livrarias, como elemento adicional para mesclá-la aos princípios do republicanismo, à República Romana e à defesa da liberdade. Reconhecendo a validade, mas também as limitações da linguagem da matrona romana para a interpretação dessas gravuras, proponho que a narrativa pictórica montada por Macaulay busca contar o desenvolvimento de sua ligação com o republicanismo clássico romano, que começa na juventude, desabrocha ao longo de sua vida e culmina em sua persona histórica plenamente realizada na História da Inglaterra.
Publisher
Universidade Federal do Rio Grande do Sul