Abstract
Este trabalho ocupa-se de uma aproximação preliminar à bioestratigrafia da Formação Santa Maria (Triássico Médio superior a Triássico Superior médio). A peleoherpetofauna desta formação é conhecida há vários anos, mas somente agora existem suficientes dados para que utilizemos um tratamento bioestratigráfico em seu estudo. Os dados aqui utilizados referem-se principalmente a aspectos quantitativos e qualitativos do conteúdo fossilífero. No entanto, algumas conclusões preliminares, de cunho facio-geocronológico, são igualmente incluídas. Três zonas-associação são aqui propostas: 1) Zona-associação de Therapsida: identificada nas áreas de Pinheiros e Xiniquá; 2) Zona-associação de Rhynchocephalia: pertencente à secção-tipo da formação, na cidade de Santa Maria; 3) Zona-associação de Dicroidium: subjacente à segunda zona, na mesma área. Todas as evidências disponíveis indicam que rincossáurios e dicinodontes não são contemporâneos. Isto sugere uma explicação lógica para o já conhecido fato de que tais formas jamais foram encontradas juntas no mesmo nível estratigráfico. Os rincossáurios parecem estar restritos aos níveis mais superiores da formação. O conteúdo fóssil das zonas propostas, quando comparado À fauna triássica da Argentina, indica uma idade no Chañarense Superior para os sedimentitos contendo a Zona-associação de Therapsida. A mesma comparação sugere que a Zona-associação de Rhynchocephalia poderia perfeitamente pertencer ao Ischigualastense (Triássico Superior).
Publisher
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Subject
General Earth and Planetary Sciences
Cited by
18 articles.
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