Abstract
Apresentamos um redesenho do mapa linguístico brasileiro, propondo um mapa sociolinguístico inicial de línguas indígenas presentes no Nordeste do Brasil. Para isso, consideramos a pluralidade linguística e cosmológica que caracteriza a região etnológica do Nordeste, historicamente considerada de baixa distintividade, tese que contestamos. O campo de estudo que propomos deriva da ação de negação colonial que foi imposta a uma região e seus falantes. Com isso, sugerimos algumas características linguísticas válidas também para línguas de estados brasileiros de outras regiões, mas que se concentram muito mais fortemente no Nordeste. Discutimos em seguida o campo de estudo Línguas Indígenas do Nordeste Indígena, apresentando justificativas para que esse campo ganhe força e categorias próprias, vindas principalmente das comunidades indígenas.
Reference55 articles.
1. Alarcon, D. F. (2013). A forma retomada: Contribuições para o estudo das retomadas de terras, a partir do caso Tupinambá da Serra do Padeiro. RURIS, 7(1), 99–126. https://doi.org/10.53000/rr.v7i1.1648
2. Aldesco, A. (2021). Tupiniquim de Aracruz resgata sua língua nativa. Assembleia Legislativa/ES. 16 de abril de 2021. https://www.al.es.gov.br/Noticia/2021/04/40822/tupiniquim-de-aracruz-resgata-sua-lingua-nativa.html
3. Amoroso, M. (2005). Religião como tradução: Missionários, tupi e “tapuia” no Brasil colonial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 20(57), 186–189. https://doi.org/10.1590/S0102-69092005000100012
4. Andrade, U. M. (2008). Memória e diferença: Os Tumbalalá e as redes de trocas no submédio São Francisco. Humanitas.
5. Andrade (Akanguasu), D. O., Costa, D. B., & Costa, V. A. (org.). (2021). Mikûatimirĩ: Pequeno livro sobre saberes linguísticos do povo Mendonça Potiguara. Caule de Papiro.