Abstract
Compreendendo a violência contra a mulher como um problema social, jurídico e de saúde pública, percebe-se suas implicações no campo da saúde mental. Assim sendo, é relevante ampliar as discussões teóricas e as possibilidades práticas da Psicologia e dos serviços de saúde integral para com essas questões, desse modo, o presente trabalho tem como objetivo analisar as produções científicas brasileiras dos últimos cinco anos acerca da Psicologia e seu compromisso com a saúde mental das mulheres, levando em conta os impactos das violências sofridas em um contexto patriarcal. Enfatiza-se que se trata de uma revisão integrativa de literatura, contemplando coleta de dados, levantamento bibliográfico e análise dos resultados, pesquisando estudos presentes nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online), dos últimos cinco anos e em língua portuguesa. Dez artigos foram considerados relevantes para a análise, onde sua leitura integral apontou para reflexões sobre os impactos e danos da violência contra mulheres sobre a saúde mental das mesmas, sendo necessário, portanto, lutar pela efetivação de políticas públicas e integralidade nos serviços de atendimento em rede, com conscientização social e ampliação de estratégias de enfrentamento da violência. A Psicologia, nesse cenário, se mostra fundamental, com um trabalho em clínica ampliada, multiprofissional e interdisciplinar, abarcando um compromisso ético-político que considere o campo cultural e sócio-histórico, abrangendo prevenção e promoção de saúde, emancipação, empoderamento e busca pela garantia dos direitos humanos.