Abstract
Este artigo analisa as percepções de alguns docentes da Associação Profissionalizante do Menor (ASSPROM) em relação à formação de jovens em situação de vulnerabilidade social. Propôs-se uma análise da percepção docente relativa à formação oferecida para inserção no mercado de trabalho, tendo em vista uma contribuição técnica na área de educação voltada para o desenvolvimento local e não restrita somente à educação e ao mercado de trabalho, com características de inovação social. A fundamentação teórica foi baseada em autores que discorrem sobre as temáticas da juventude, do trabalho, da educação profissional para jovens e da inovação social. A metodologia adotada foi a qualitativa, com finalidade exploratória. Como procedimento de coleta de dados, adotou-se a entrevista semiestruturada, que foi transcrita e submetida à análise de conteúdo temático. Os resultados demonstraram que os docentes encontram diversos desafios e obstáculos, mas também possibilidades. Dessa forma, a pesquisa evidenciou a necessidade de modelos de educação profissional mais flexíveis, uma vez que estes têm mais condições de propor mudanças quando comparados a formatos rígidos na educação e no mundo do trabalho. Os docentes precisam desenvolver e fornecer ferramentas para que os jovens integrem processos inovadores e adaptem seu modo de agir em um futuro repleto de desafios.