Abstract
Este artigo analisa do papel de dois juristas brasileiros, Clovis Bevilaqua e Raul Fernandes, na elaboração do Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional, questionando-se se existiam elementos nacionais ou regionais em suas contribuições ou atuação. Os dois juristas participaram em diferentes momentos ao longo processo de confecção do Estatuto, e suas respectivas contribuições foram variadas. está estruturado em quatro partes. Com análise bibliográfica documental e obras doutrinais comentando os autores, este artigo analisa o projeto de Bevilaqua, bem como seu papel como formulador de políticas e sua não adesão às ideias do direito internacional americano. Em seguida, o foco se volta para Raul Fernandes, o delegado brasileiro no Comitê Consultivo de Juristas e no Conselho da Liga das Nações. Argumenta-se que o regionalismo defendido por esses autores era um regionalismo muito mais interessado em um projeto de inserção do Brasil no cenário internacional do que em uma tentativa de irrigar a nascente corte internacional com elementos da cultura jurídica latino-americana
Reference55 articles.
1. ALEIXO, José Carlos Brandi. O Brasil e o Congresso Anfictônico do Panamá. Brasília: FUNAG, 2000.
2. ALVAREZ, Alejandro; ROWE, L.S. American International Law. Proceedings of the American Society of International Law, vol. 206, 1907-1917.
3. ALVAREZ, Alejandro. Latin America and International Law. The American Journal of International Law, vol. 3, n. 1, 1909.
4. AMORIM, Celso. A Diplomacia Multilateral do Brasil: Um Tributo a Rui Barbosa. Brasília: FUNAG, 2007.
5. ARAÚJO FILHO, José Tadeu. Uma Análise Geopolítica Da Questão De Palmas. Palmas: Kaygangue, 2009.