Author:
Lucena de Melo Andressa Názara,Cecília da Silva Liliane,Figueroa Pedraza Dixis
Abstract
O conhecimento sobre alimentação infantil da população e dos profissionais de saúde é um determinante importante das práticas de amamentação. O estudo teve como objetivo identificar o conhecimento de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família do estado da Paraíba sobre alimentação infantil e sua associação com características demográficas e profissionais. A pesquisa tem delineamento transversal, na qual foi aplicado um questionário validado, adaptado, para verificar o conhecimento dos profissionais sobre alimentação infantil, constituído por 21 perguntas. O grau de conhecimento sobre alimentação infantil foi expresso por meio de um escore de 0–21 para o qual resposta correta teve atribuída a pontuação um e incorreta a pontuação zero. O teste t foi usado para verificar diferenças na Média±Desvio Padrão do grau de conhecimento segundo perfil demográfico e profissional. O projeto teve aprovação ética. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A maioria dos enfermeiros era de idade ≤40 anos, não tinha participado de capacitação sobre alimentação infantil e não estava comprometido com a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. O período de aleitamento materno exclusivo e o melhor substituto do leite materno na impossibilidade da amamentação se destacaram como conhecimentos positivos. Contudo, a concepção de aleitamento materno predominante e a recomendação sobre os grupos alimentares que devem estar presentes no almoço a partir dos seis meses apresentaram baixas frequências de respostas corretas. O grau de conhecimento foi de 15,0±2,95, com maior escore entre enfermeiros com idade ≤40 anos (p=0,019). Conclui-se, o conhecimento dos enfermeiros sobre alimentação infantil é adequado em relação ao aleitamento materno exclusivo, mas inadequado para o aleitamento materno predominante e a introdução alimentar recomendada a partir dos seis meses de idade.