Da epistemologia ao pragmatismo sociológico: por uma avaliação da produção de conhecimento

Abstract

O artigo objetivou estabelecer um diálogo sobre a epistemologia e avaliar como a produção de conhecimento é abordada nas ciências sociais, se aproximando do pragmatismo sociológico a fim de, questionando o racionalismo, contribuir para uma construção do saber mais criativa e inovadora. Nessa revisão bibliográfica, debatemos com autores como Bachelard, Popper, Kuhn, Agambem, Joas e Boltanski. As abordagens tratadas concordam que um conhecimento científico se destina a ser questionado/renovado. Encaram que saberes produzidos por não-especialistas contribuem para a dinâmica de inovação do conhecimento, caso do pragmatismo sociológico europeu, inspirado na escola de Chicago. Conclui-se que o pragmatismo permite desconstruir a hierarquia entre saberes contidos na produção de conhecimento científico e observar que o racionalismo limita esta produção por desconsiderar o corpo e as emoções como constituintes das lógicas sociais. São necessários mais estudos que viabilizem romper, mais amplamente, com os dualismos corpo-mente e razão-emoção, fomentando uma produção científica mais criativa.