Abstract
Este texto reflete sobre o constructo teórico de massas e a concepção de homem massa como fundantes e estruturais na compreensão dos totalitarismos nazista e stalinista, presentes na obra Origens do Totalitarismo (ARENDT, 1989) de Hannah Arendt. Conclui-se que o totalitarismo é uma organização de massa, que possui características específicas e que as massas são manipuláveis a partir de determinados aspectos específicos dos movimentos totalitários. Analisa-se o que é homem de massa e como tal concepção é fundamental para compreender outros conceitos importantes da pensadora política. Assim, a partir das reflexões aqui desenvolvidas, torna-se possível incrementar novas perspectivas nas análises de conceitos como totalitarismo, banalidade do mal, política, poder, violência, amplamente estudados e debatidos não só na filosofia, como nas ciências sociais, ciências políticas, psicologia, estudos organizacionais e administração. As reflexões aqui propostas permitem também fazer paralelos com a realidade atual, levando em consideração, obviamente, o cuidado de evitar anacronismos analíticos.
Publisher
Griot Revista de Filosofia