Abstract
O objetivo deste trabalho é avaliar a utilidade das ilustrações de três dicionários infantis para crianças do 1º ano do Ensino Fundamental. Foram analisadas as obras selecionadas pelo PNLD Dicionários (BRASIL, 2012): Meu primeiro livro de palavras (MPLP, 2010); Meu primeiro dicionário Caldas Aulete (MPCA, 2009); e Dicionário Infantil Ilustrado Evanildo Bechara (DInf, 2011). O referencial teórico advém da Metalexicografia em relação ao caráter elucidativo das ilustrações e em relação ao usuário do dicionário (FARIAS, 2013); da Linguística Aplicada no tocante às dificuldades específicas de crianças em fase de alfabetização (CAGLIARI, 2003; PESSOA; MORAIS, 2010); e da Psicologia Cognitiva em relação a dados de familiaridade entre crianças brasileiras (POMPÉIA et al., 2001). A metodologia consistiu, primeiramente, na verificação da inclusão de referentes familiares com representação ortográfica difícil para alfabetizandos nos dicionários e na averiguação da presença de ilustrações. Em seguida, avaliou-se o grau de elucidação das ilustrações encontradas. Os resultados revelam que a proporção de casos com ilustrações não elucidativas e/ou sem ilustrações é igual ou superior aos casos com ilustrações elucidativas. Conclui-se que a falta de embasamento das ilustrações em relação às necessidades linguísticas do usuário é o principal problema dos dicionários avaliados.
Publisher
Programa de Extensao TEIA Entrepalavras