Abstract
A asma tem um grande impacto na qualidade de vida e a maioria das pessoas apresenta-a na sua forma ligeira a moderada que pode ser facilmente controlada. Contudo, 88% das pessoas com asma não controlada consideravam ter a sua doença controlada. A enfermagem de reabilitação releva para a capacitação da pessoa para a gestão da sua doença e as redes sociais poderão representar uma alternativa e uma oportunidade para levar às pessoas a informação e as ferramentas necessárias para a autogestão.
Um estudo quasi-experimental pretendeu avaliar se existem diferenças no controlo sintomático da asma, avaliado pelo Teste de Controlo da Rinite Alérgica e Asma (CARAT), entre um grupo de pessoas com asma que adquiriu um programa de acompanhamento online sobre autogestão de asma, AsmaSemCrise, e um grupo de pessoas com asma que não teve acesso a essa informação. Este programa constou de teleconsultas individuais e em grupo onde se desenvolveu educação terapêutica e treino de exercícios individualizados.
No grupo AsmaSemCrise os indivíduos aumentaram, em média, 12.4 pontos no score total do CARAT. Estas diferenças foram estatisticamente significativas, ao contrário das diferenças observadas no grupo de controlo.
O programa AsmaSemCrise contribui para a capacitação para a autogestão da asma, refletindo-se no aumento do score do teste CARAT, seja ao nível dos sintomas de rinite alérgica ou de asma, indicando melhor controlo da doença.
Este tipo de intervenção poderá representar uma resposta aos novos tempos, recorrendo às redes sociais para educar e capacitar a pessoa para a gestão da sua doença.
Publisher
Associacao Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitacao
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