Abstract
Apresenta-se uma análise de autores das ementas numa perspectiva intercultural. Parte-se da problemática de que o currículo é reflexo social e, por isso, pode tender à exclusão. Considera-se que em sala de aula, muitas vezes, as obras utilizadas são descontextualizadas da subjetividade dos autores, ou seja, sem que o estudante saiba quem são e por que decidiram se envolver com tal temática. Assim, a hipótese é que fazendo uso das histórias de vida dos autores, haverá mais afetividade e maior propensão à diminuição da desigualdade social. Objetiva-se apresentar alguns autores elencados nas referências básicas das ementas das disciplinas dos cursos de graduação em Filosofia de cinco universidades federais. Fundamenta-se nas concepções de emancipação em Freire (1996); história de vida em Bertaux (2010); afetividade em Wallon (1995); e currículo em Sacristàn (2000). A metodologia é qualitativa e exploratória. Os resultados permitem interpretar que o uso de histórias de vida de autores possibilita espaços facilitadores para a equidade social.
Publisher
Universidade de Estado do Rio de Janeiro