Abstract
A educação do campo, enquanto direito histórico dos camponeses, possibilita as condições de superação da realidade de injustiças que marcam o campo brasileiro. Representa o acúmulo de experiências políticas dos movimentos sociais populares, por uma educação que respeite a diversidade dos sujeitos, individuais e coletivos, do campo, assim como, as condições materiais e subjetivas de vida, por meio da luta por reforma agrária popular. Por outro lado, a educação do campo, enquanto política pública, foi duramente atacada nos últimos anos, reflexo do avanço do discurso ultraconservador que ameaça o conjunto dos povos tradicionais que lutam, trabalham e produzem conhecimento no campo. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo principal resgatar os elementos que sustentam as políticas públicas de educação do campo, fazendo frente ao atual cenário de retrocessos, por meio do fortalecimento dos movimentos sociais, educadores/as do campo, escolas e projetos político-pedagógicos emancipadores. Trata-se de uma apresentação de abordagem qualitativa, bibliográfica e documental, com reflexões que contemplem os desafios e estratégias de luta na atualidade, para manutenção das políticas públicas de educação do campo, historicamente conquistadas. O artigo documental foi desenvolvido em acervos bibliográficos. Entre as fontes de investigação, utilizamos legislações, portarias e decretos acerca das interfaces entre políticas públicas de educação do campo e movimentos sociais. Concluímos que a educação do campo, como práxis libertadora, é utilizada no processo de compreensão das lutas e demandas educacionais defendida pelos movimentos sociais. Ela dialoga com os gestos, desejos, valores e a luta pela terra.
Publisher
Universidade de Estado do Rio de Janeiro
Subject
General Economics, Econometrics and Finance
Cited by
2 articles.
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