Abstract
Este artigo traz uma análise relacional em torno da gravidez transmasculina. A partir da abordagem etnográfica, são apresentadas as vivências de quatro homens trans brasileiros que passaram pela experiência da gestação. Ao longo do texto é explorada a maneira como as narrativas de constituição intersubjetiva da transmasculinidade envolvem uma (re)criação das relações ligadas ao parentesco. Com isso há uma reinterpretação daquilo que chamavam como maternidade, principalmente no uso das terminologias pai/mãe. A vivência da gestação está contextualizada a partir do que eles chamam de transição de gênero e é construída com base na relação com as outras pessoas, sobretudo com aquelas que fazem parte da família. Esse processo não é feito sem conflito, tensiona as categorias de parentesco que remetem à paternidade e à maternidade, sendo essas categorias passíveis de mudanças e negociações. Assim, a gestação transmasculina rompe com a associação direta entre feminilidade-gravidez-maternidade.
Publisher
Universidade de Estado do Rio de Janeiro
Cited by
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