DISTRIBUIÇÃO TRIBUTÁRIA FRENTE À QUALIDADE DE VIDA URBANA

Abstract

Os dados geoespaciais abrem um campo de conhecimento que não só permite realizar modelagens estatísticas convencionais, mas também propicia a exploração locacional dos dados, revelando padrões, conexões e relacionamentos. Análises espaciais podem ser realizadas para facilitar o entendimento das problemáticas complexas na escala intraurbana, associando uma, duas ou mais variáveis ao estudo. Neste sentido, esta pesquisa analisou a correlação espacial de duas variáveis socioeconômicas: o Índice de Qualidade Urbano-Ambiental de Salvador (IQUASalvador) e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), especificamente em um estudo de caso para a Prefeitura-Bairro Barra/Pituba, em Salvador, capital do estado da Bahia. Para identificar a dependência espacial entre as variáveis foram utilizadas algumas técnicas exploratórias de dados geoespaciais, como o Índice de Moran Global, o Indicador de Moran Local (LISA) e o gráfico de espalhamento de Moran, executados de maneira univariada e bivariada. Os resultados apresentaram autocorrelação positiva e significativa, cujos níveis de confiança dos dados foram de 95% e 99%, além de revelar determinados padrões geoespaciais na área de estudo. Percebeu-se certas similaridades locacionais, principalmente no agrupamento Alto-Alto, identificado nos bairros da Barra e do Canela. Deste modo, os resultados evidenciam que as análises geoespaciais são artifícios técnico-científicos importantes, pois podem ser capazes de complementar a análise estatística convencional de dados gerais, inclusive as que tratem de informações socioeconômicas referentes ao desenvolvimento municipal.