Abstract
Os mais diversos campos do saber há séculos se debruçam à compreensão da dimensão espaço e tempo na sociabilidade humana. No campo da Geografia, em especial, é também um tema bastante tradicional em termos de pesquisas acadêmicas. Mas depois da segunda metade do século XX, ocorreu uma ampliação devido às pesquisas de Geografia temporal de Hagerstrand, bem como, decorrentes contribuições em perspectivas mais ampliadas e críticas. Mas ainda são escassos estudos no Brasil com esta temática. Este artigo pretende contribuir na compreensão dos fundamentos da geografia temporal para análise crítica das travessias urbanas e biografia das (i)mobilidades cotidianas das populações periféricas da metrópole de São Paulo. A metodologia mista de três etapas empregada neste artigo refere-se às abordagens quantitativas, qualitativas e usos de novas tecnologias de posicionamento ativo por GPS dos smartphones. Verificou-se que as travessias urbanas das populações periféricas são marcadas por constrangimentos cotidianos que limitam o prisma espaço-tempo e inviabilizam a acessibilidade às oportunidades nas bordas da metrópole de São Paulo.
Publisher
Universidade de Estado do Rio de Janeiro