Abstract
O artigo examina o conceito de herestese, originalmente proposto por William H. Riker, na década de 1980. O referido conceito diz respeito à arte da manipulação estratégica na política democrática, quer quando acontece entre líderes e cidadãos, quer quando ocorre entre os integrantes da elite ou grupo dominante na hierarquia social. Em termos teórico-metodológicos, o artigo se inspira na teoria das elites políticas, na história conceitual do político, e nos estudos interdisciplinares sobre a qualidade da democracia. Infere-se que o conceito de herestese assume uma relevância muito significativa no contexto de numerosos casos de erosão do regime na contemporaneidade, situação que poderia ser parcialmente atribuída ao – desalentador – desempenho de elites políticas, tanto em democracias liberais, quanto em democracias eleitorais.
Publisher
Universidad Nacional de Rosario