Affiliation:
1. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil
2. Universidade Estadual de Maringá, Brasil
3. Universiteit Amsterdam, Holanda
Abstract
O déficit em esgotamento sanitário nas comunidades isoladas é um obstáculo à universalização do saneamento, prescrita pelo Objetivo 6 de Desenvolvimento Sustentável (ODS 6) e pela Lei nº 14.026/2020. Projetos de tratamento de efluentes nas bases remotas do Exército Brasileiro podem auxiliar a reverter esse quadro. Portanto, o objetivo deste trabalho foi propor diferentes alternativas para a gestão de esgotos domésticos em instalações militares isoladas que possam ser aproveitadas em comunidades nos arredores. Um quartel isolado no Pantanal (Brasil) serviu como estudo de caso. Onze cenários foram propostos, classificados em sistemas individuais com separação de efluentes na fonte e sistemas individuais e semicoletivos para tratar esgoto doméstico convencional. No primeiro caso, não há remoção de lodo e as tecnologias de tratamento e disposição final selecionadas foram: 1) tanque de evapotranspiração (TEvap) para águas escuras (AE) e círculo de bananeiras (CB) para águas cinzas (AC); 2) TEvap para AE e wetlands de fluxo subsuperficial horizontal (WCH) seguido de vala de infiltração (VI) para AC; 3) TEvap para AE e wetlands de fluxo subsuperficial vertical (WCV) e VI para AC. Nos outros casos, sugeriu-se a utilização de leito de secagem e compostagem simplificados para o gerenciamento local do lodo, e as tecnologias foram: 1) tanque séptico (TS) seguido por filtro anaeróbico (FAN) e CB; 2) TS, FAN e VI; 3) TS, WCH e CB; e 4) TS, WCH e VI. Alternativas sem separação na fonte podem ser implementadas pelo Exército em edificações existentes, sendo necessário incentivar a separação na fonte nos novos projetos. Propuseram-se também ações para facilitar a replicação no entorno.
Publisher
Zeppelini Editorial e Comunicacao
Reference35 articles.
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de Janeiro: ABNT, 1993.
2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.
3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgotos sanitários. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
4. BRASIL. Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020. Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) e responsável pela instituição de normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico. Brasília: Diário Oficial da União, 2020.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Tecnologia de tratamento de lodo de tanque séptico unifamiliar conjuntamente com resíduos sólidos orgânicos aplicada em municípios de pequeno porte do semiárido paraibano – Tectraloro. Brasília: Funasa, 2017, p. 7-37. (8º Caderno de pesquisa em Engenharia de Saúde Pública).