Avaliação do processo de compostagem de lodo proveniente de estação de tratamento de esgoto: legislação, parâmetros biológicos, comportamento dos nutrientes, e condições físico-químicas

Abstract

A necessidade de recuperação de solos erodidos e empobrecidos tem sido amplamente estudada, tendo como uma das práticas recomendadas para essa finalidade a utilização de lodos de esgotos em solos agrícolas, considerando-se a abordagem de avaliação de risco, para garantir a segurança ambiental e a saúde pública. A utilização do lodo como insumo agrícola promove a reciclagem dos nutrientes, fornecendo, ainda, matéria orgânica ao solo, estocando carbono na forma de compostos estáveis e não liberando CO2 na atmosfera. A partir da utilização agrícola do lodo, podem-se reduzir os custos de transporte e disposição final dos lodos em aterros, por exemplo. Alguns casos viabilizados no país mostram que o interesse é grande por parte dos produtores agrícolas, tanto em larga escala de produção quanto em relação aos produtores familiares, visto que o biossólido produzido pode reduzir em torno de 60% o consumo de fertilizantes fosfatados. Diante do potencial brasileiro para o desenvolvimento da compostagem do lodo de esgoto com finalidades agrícolas, o objetivo deste trabalho foi acompanhar e avaliar o desenvolvimento do processo de compostagem utilizando o lodo desaguado proveniente de estação de tratamento de esgoto (ETE) visando apresentar informações que possam contribuir para aprimorar os conhecimentos sobre essa prática.