Author:
Silva Angel Adriany da,Teixeira Gefferson Dias,Azevedo Marina Andrade de,Luso Rafaela Pessoa Alves,Oliveira Glauco Araujo de,Zietz Ana Carolina Gonçalves,Brasil Vitória Borges,Vasconcelos Isys Holanda Albuquerque de,Carneiro Caroline da Silva,Maia Ryan Brendo Silva
Abstract
Introdução: Sintomas de náuseas e vômitos são comuns no primeiro trimestre da gestação, no entanto, algumas mulheres podem desenvolver hiperêmese gravídica, condição que traz esses sintomas de forma mais grave e recorrente, e muitas vezes refratária as medidas iniciais preconizadas atualmente. O cloridrato de Ondasetrona é um potente antiemético, porém até o momento não tem indicação franca em gestantes, e é prescrito apenas de forma off label e controversa. Objetivo: Analisar e discutir possíveis desfechos associados ao uso de ondansetrona durante a gravidez. Pergunta Problema: Tratando-se a gravidez de período delicado, é possível realizar a prescrição desse medicamento de forma segura nessas pacientes? Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa, retrospectiva do tipo qualitativa. Foi utilizado para a busca bibliográfica, o Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e o PubMed. Tal pesquisa foi realizada por meio de descritores disponíveis no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), sendo esses “Hyperemesis Gravidarum“, “Hiperêmese Gravídica”, “Pregnancy“, “Grossesse” e “Ondansetron“. Resultando em 13 artigos, avaliados pelo método de revisão integrativa, que contemplaram os objetivos do presente estudo. Resultados: No presente trabalho, foram incluídos 12 estudos associados às repercussões do uso da ondansetrona durante a gestação, entre eles 25% (n=3) consideraram não haver evidências consistentes na literatura atual de que o uso da ondansetrona durante a gestação aumenta o risco do desfecho investigado. Por outro lado, 41% (n=5) dos estudos incluídos defendem que há possibilidades para o uso, com ressalvas. Por fim, 3 dos estudos incluídos evidenciaram um potencial teratogênico no uso de ondansetrona durante a gestação. Conclusão: Os achados do estudo em relação ao uso de ondansentrona na gravidez constata que não há relação entre o fármaco e o aumento de risco de abortos espontâneos, também não há indícios sólidos em relação a efeito teratogênico e malformações congênitas. Porém é preciso atenção contínua durante a utilização, principalmente no decorrer do primeiro trimestre da gravidez. Ressalta-se ainda, a importância de estudos futuros que abordem acerca da relação da dose dessa substância e o real impacto da terapia no tratamento de hiperêmese gravídica.
Publisher
Revista Cientifica Multidisciplinar Nucleo Do Conhecimento