Abstract
O presente artigo enfoca o 'tempo social', como distinto das compreensões desse fenômeno na física; o tempo social habita o discurso, o habitus, expresso pela prática como um meio sobre o qual as ações humanas são formuladas de acordo com as possibilidades lógicas que fornece. Reconhecidamente, o cristianismo propôs uma forma histórica linear, como um processo contínuo embora ainda sagrado, pontuado por intervenções divinas. No entanto, essa história linear sacralizada só poderia ser adequadamente entendida por meio do sistema medieval exegético; um conjunto de regras intelectuais organizadas racionalmente para a reconstrução da história através de sinais e símiles inativos. Biograficamente, o trabalho de Agostinho de Hipona forneceu ferramentas para essas interpretações. Podemos encontrar algumas das bases de um modelo cristão de tempo social, sendo a 'indexicalidade' como um processo de criação de significado com base na leitura retrospectiva da história linear como um livro aberto que pode ser interpretado. As formulações de Agostinho sobre seu tempo psicológico, como pai fundador da teologia cristã, fornecem algumas pista
Publisher
Universidade Federal de Sao Paulo
Subject
History and Philosophy of Science,Philosophy