Abstract
Desde o conceitualismo dos anos 1960 e 1970, assistimos a sucessivas transformações acerca do que seja um autor no campo da arte contemporânea. No centro desse processo reside a chamada “autoria conceitual”, que se caracteriza pela coexistência dos seguintes aspectos: uma obra de imanência projetiva ou propositiva; um sistema de notação expresso ou latente; e a existência de ocorrências materiais que se executam em conformidade com o enunciado notacional. Recorrendo a artistas como Antonio Lizárraga, Doris Salcedo, Maurizio Cattelan, Flávia Naves, Alison Knowles e Tania Bruguera, este artigo pretende pôr à prova a hipótese de que, em termos conceituais, existem ao menos três tipos ou figuras autorais na arte contemporânea: o projetista, o montador e o propositor.
Publisher
Universidade Federal de Minas Gerais - Pro-Reitoria de Pesquisa
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