Abstract
Introdução: A pandemia elevou os riscos psicológicos associados ao home working, pela intensificação significativa de seu uso. Por isso, buscou-se verificar a significância de variáveis pandêmicas – propostas a partir da revisão de literatura – em modelos de análise relacionados ao tecnoestresse e ao home working, considerando seus efeitos sobre a satisfação e a felicidade com o trabalho, sobre o desejo de permanecer no trabalho e sobre o estresse com a carreira. Metodologia: Com base no modelo de Ragu-Nathan et al. (2008), o questionário utilizado para coleta de dados abordou três tecnoestressores: tecnoinvasão, tecnosobrecarga e tecnoincerteza. Além destes, foram inseridas variáveis pandêmicas nos modelos de análise desenvolvidos e verificou-se a relação destas e dos tecnoestressores com a satisfação com o trabalho, a felicidade com o trabalho, o desejo de permanência no emprego e o estresse na carreira. O questionário seguiu o padrão da escala Likert, e foi enviado aos respondentes por e-mail e por whats app, chegando-se a 188 respostas válidas de profissionais brasileiros que aderiram ao trabalho remoto devido à pandemia da Covid-19. Os dados obtidos foram analisados com o uso do software R e com a técnica da Regressão Logística Ordinal. Resultados: Os fatores relacionados à tecnosobrecarga e à tecnoinvasão foram confirmados como estressores e os fatores pandêmicos se mostraram significantes para a análise do tecnoestresse. Conclusão: A satisfação com o trabalho, a felicidade com o trabalho, o desejo de permanência no emprego e o estresse na carreira sofreram a influência das variáveis componentes do tecnoestresse e também das variáveis relacionadas ao contexto da pandemia, especialmente a falta de suporte das organizações para a adaptação ao home working.
Publisher
Universidad de Costa Rica
Subject
Public Health, Environmental and Occupational Health,Health Informatics,Health Policy,Demography,Epidemiology