Author:
Junior Wilian Gatti,Leme Barbosa Ana Paula Franco Paes
Abstract
No Brasil, o veículo flex fuel protagonizou um alteração no papel das subsidiárias de sistemistas que não só desenvolveram a nova tecnologia, como se tornaram centros de excelência para aplicações envolvendo combustíveis alternativos. Muitas pesquisas estudaram os mecanismos que levam a constituição desses centros em países emergentes, com foco no papel da matriz ou nas condições dos países que hospedam a subsidiária. Este artigo se propôs a identificar a criação do conhecimento organizacional que habilitaram subsidiárias a se tornar centros de excelência. Para isso, foi adotada uma abordagem de múltiplos estudos de caso com as três empresas pioneiras no desenvolvimento da tecnologia flex fuel no Brasil: Bosch, Delphi e Magneti Marelli. A pesquisa constatou que o conhecimento organizacional foi construído a partir de duas fontes (interna e externa) com evidências nos modos de conversão do conhecimento propostos no modelo SECI: o conhecimento explícito, divulgado nos registros da companhia, relatórios de desenvolvimento, banco de dados, inputs do mercado e a relação com as matrizes e montadoras (externalização e combinação) e pelo conhecimento tácito com o estudo de soluções técnicas (internalização) e com a troca de experiências entre diferentes gerações de engenheiros (socialização).
Publisher
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)
Reference42 articles.
1. ALMEIDA, P.; PHENE, A. Subsidiares and knowledge creation: influence of the MNC and host country on innovation. Strategic Management Journal, v. 25, p. 847-864, 2004. DOI: 10.1002/smj.388.
2. AMATUCCI, M., BERNARDES, R.C. Formação de competências para o desenvolvimento de produtos em subsidiárias brasileiras de montadoras de veículos. Prod., v. 19, n. 2, p. 359 – 375, 2009. DOI:10.1590/S0103-65132009000200011.
3. AMATUCCI, M., BERNARDES, R.C. O novo papel das subsidiárias de países emergentes na inovação em empresas multinacionais – o caso da General Motors do Brasil. RAI – Revista de Administração e Inovação, v. 4, n. 3, p. 5–16, 2007.
4. ANDERSON, P.; TUSHMAN, M.L. Technological Discontinuities and Dominant Designs: a cyclical model of technological change. Administrative Science Quarterly, v. 35, n.4, p.604-633, 1990.
5. ANDERSON, U.; FORSGREN, M.; HOLM, U. The strategic impact of external networks: subsidiary performance and competence development in multinational corporation. Strategic Management Journal, v. 23, p. 979 – 996, 2002.